Para quem achar que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista não tem sentido de humor:
Nas propostas de aditamento e alteração que o PS faz à Lei da Cópia Privada, acrescentam:
"A utilização típica da cada suporte é definida pela pessoa colectiva responsável pela cobrança e gestão colectiva, mediante a emissão de parecer e devido fundamento."
Sim, leram bem: cabe à AGECOP (quem lucra directamente com as taxas) dizer se um tablet (por exemplo) é tipicamente usado ou não (e quanto) para efectuar cópias privadas.
Gostei da proposta de nas memórias USB, cartões de memória e discos rígidos (internos ou externos) "a compensação equitativa não pode ultrapassar 5% do preço final, antes da respectiva tributação". É um passo no bom sentido... de evitar taxação completamente desproporcional. Gostei também da AGECOP não poder usar em despesas mais de 20% do angariado. Parece ser consensual, e já é exagerado na minha opinião.
A questão não é se um determinado aparelho, no geral, é usado para cópia privada ou não, e daí ser taxado ou não. A questão é que depende de quem compra e para quê.
Parece-me que a intenção daquele artigo (e outros) é que a AGECOP faça estudos sobre a utilização típica de cada tipo de dispositivo, utilização de DRM no mercado, etc, e que os publique. O que poderá ser muito útil numa futura revisão das taxas. Ou seja, vão mandar a AGECOP fazer o que já devia ter sido feito antes de apresentar o PL.